Ciências da Natureza
sábado, 19 de fevereiro de 2022
sexta-feira, 13 de agosto de 2021
Peixes
A respiração dos peixes é branquial, uma adaptação importante para a vida aquática, uma vez que é através das brânquias que o oxigênio da água é retirado. O processo para a retirada do oxigênio inicia-se com a entrada da água pela boca e a saída através das fendas branquiais. As brânquias são altamente vascularizadas, permitindo, assim, a realização das trocas gasosas. Existem ainda peixes que possuem um pulmão primitivo, sendo conhecidos como pulmonados ou dipnoicos. Eles conseguem viver longos períodos fora da água.
No que diz respeito ao sistema circulatório dos peixes, a circulação é simples e completa, ou seja, o sangue passa uma única vez pelo coração para completar o ciclo e não há mistura de sangue venoso com arterial. O coração apresenta apenas duas cavidades, um átrio e um ventrículo, onde somente sangue venoso é encontrado e bombeado para as brânquias, onde sofre oxigenação.
O sistema nervoso desses animais é bastante desenvolvido, sendo formado por nervos e gânglios nervosos, o encéfalo e a medula espinhal. Em relação aos sentidos, os peixes apresentam poros laterais que percorrem longitudinalmente o corpo do animal que são conhecidos como linhas laterais. Nessas linhas existem células sensoriais (mecanorreceptores) capazes de detectar movimentos na água.
A reprodução dos peixes varia entre os grupos. Nos peixes cartilaginosos, a fecundação é interna, e nos peixes ósseos, ela é externa. Existem espécies ovíparas, ovovivíparas e vivíparas. O desenvolvimento pode ser direto ou indireto, a depender da espécie em questão. Quando o desenvolvimento é indireto, a fase larval é seguida de um estágio denominado alevino.
terça-feira, 20 de abril de 2021
Gregor Johann Mendel
Biografia de Gregor Mendel
Gregor Mendel (1822-1884) foi um biólogo, botânico e monge austríaco. Descobriu as leis da genética, que mudaram o rumo da biologia.
Gregor Johann Mendel (1822-1884) nasceu em Heinzendorf, Áustria, no dia 22 de julho de 1822. Filho de camponeses, observava e estudava as plantas.
Sua vocação científica desenvolveu-se paralela à vocação religiosa. Frequentou o ginásio de Troppau e estudou dois anos no instituto de Filosofia de Ormütz, depois Olomouc, hoje na República Tcheca.
Em 1843, com 21 anos, Mendel entrou para o Mosteiro Agostiniano de São Tomás, em Brünn, antigo Império Austro-Húngaro, hoje República Tcheca, onde foi ordenado padre e, passou a estudar teologia e línguas.
Em 1847 ordenou-se e em 1851 foi enviado pelo abade à Universidade de Viena, para estudar ciências naturais, matemática e física. Três anos depois, voltou para Brünn.
Leis de Mendel
Gregor Mendel passou a dividir seu tempo entre lecionar numa escola técnica e plantar ervilhas-de-cheiro no jardins do mosteiro iniciando suas experiências com hibridação (cruzamento de espécies diferentes).
Foram dez anos dedicados ao cruzamento de 22 variedades e acompanhando sete fatores com base na cor e forma da semente, forma da vagem, altura do caule etc., que lhe forneceram dados para formular as leis relativas à hereditariedade.
- A primeira lei chamada “lei do monoibridismo”, foi resultado de uma série de cruzamentos com ervilhas durante gerações sucessivas e, mediante a observação do predomínio da cor (verde ou amarela), que lhe permitiu formular que existe nos híbridos uma característica dominante e uma recessiva. Cada caráter é condicionado por um par de fatores (genes) que se separam na formação dos gametas.
- A segunda lei chamada “lei da recombinação ou da segregação independente” foi formulada com base na premissa segundo a qual a herança da cor era independente da herança da superfície da semente, ou seja, num cruzamento em que estejam envolvidos dois ou mais caracteres, os fatores que determinam cada um deles se separam de forma independente durante a formação dos gametas e se recombinam ao acaso, para formar todas as recombinações possíveis.
Reconhecimento Tardio
Os trabalhos de Mendel sobre hereditariedade que projetaram nova luz nas leis da herança não tiveram repercussão no meio científico da época. Sem estímulo para continuar e sobrecarregado com seus deveres administrativos no mosteiro, em 1868, ele abandonou por completo o trabalho científico.
Sua obra permaneceu ignorada até o século XX, quando alguns botânicos, em pesquisas independentes, chegaram a resultados semelhantes e resgatam as "Leis de Mendel".
Johann Gregor Mendel faleceu em Brünn, República Tcheca, vítima de doença renal, no dia 6 de janeiro de 1884.
Obras de Gregor Mendel
- Experiências Sobre Híbridos das Plantas (1865)
- Alguns Híbridos do Hieracium Obtidos por Fecundação Artificial (1869)
sábado, 27 de fevereiro de 2021
Estudo revela que aquecimento global começou há 180 anos
O aquecimento global começou há 180 anos, muito antes do que se achava até agora, e tudo isso devido ao impacto da revolução industrial no clima, segundo um estudo internacional publicado pela revista científica “Nature”.
Antes da revolução industrial, a quantidade de gases do efeito estufa (como o CO2) se encontravam na atmosfera em uma proporção comparativamente baixa.
Segundo o estudo, a partir de 1830, coincidindo com os primeiros passos da revolução industrial na Europa Ocidental, começou a ser notado um aumento das temperaturas, primeiro no Ártico e nas zonas tropicais dos oceanos, e posteriormente na Europa, Ásia e América do Norte.
Cinquenta anos mais tarde começou a ser evidente o início da mudança climática em grande parte do hemisfério sul, segundo a equipe científica, que atribui estas diferenças temporárias às correntes marinhas.
A principal contribuição deste estudo é a inclusão de grande quantidade de registros do “arquivo natural do clima” do hemisfério sul e sua comparação temporal com os do norte.
Os cientistas extraem, além disso, duas consequências dessa descoberta: a confirmação pelas mãos do homem por trás da mudança climática e a necessidade de revisar os prognósticos sobre o aquecimento global para as próximas décadas levando em conta que não é um fenômeno iniciado no século XX, mas no XIX.
Fonte: Agência EFE, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.
sexta-feira, 26 de fevereiro de 2021
O efeito estufa é um fenômeno natural ocasionado pela concentração de gases na atmosfera, os quais formam uma camada que permite a passagem dos raios solares e a absorção de calor.
Esse processo é responsável por manter a Terra em uma temperatura adequada, garantido o calor necessário. Sem ele, certamente nosso planeta seria muito frio e a sobrevivência dos seres vivos seria afetada.
Como ocorre o efeito estufa
Quando os raios solares atingem a superfície terrestre, devido a camada de gases de efeito estufa, em torno de 50% deles ficam retidos na atmosfera. A outra parte, atinge a superfície terrestre, aquecendo-a e irradiando calor.
Os gases de efeito estufa podem ser comparados a isolantes, pois absorvem parte da energia irradiada pela Terra.
O que acontece é que nas últimas décadas a liberação de gases de efeito estufa, em virtude de atividades humanas, aumentou consideravelmente.
Com esse acúmulo de gases, mais quantidade de calor está sendo retida na atmosfera, resultando no aumento de temperatura. Essa situação dá origem ao aquecimento global.
Para termos uma ideia, o efeito estufa pode ser comparado ao que ocorre no interior de um veículo estacionado, com os vidros fechados e recebendo diretamente a luz solar. Apesar do vidro permitir a passagem da luz solar, ele impede a saída do calor, aumentando a temperatura em seu interior.
Gases de Efeito Estufa
Os principais gases de efeito estufa são:
- Vapor de água (H2O): encontrado em suspensão na atmosfera.
- Monóxido de Carbono (CO): gás incolor, inflamável, inodoro, tóxico, produzido pela queima em condições de pouco oxigênio e pela alta temperatura do carvão ou outros materiais ricos em carbono, como os derivados do petróleo.
- Dióxido de Carbono (CO2): expelido pela queima de combustíveis utilizados em veículos automotores à base de petróleo e gás, da queima de carvão mineral nas indústrias, e da queima das florestas.
- Clorofluorcarbonos (CFC): composto formado por carbono, cloro e flúor, proveniente dos aerossóis e do sistema de refrigeração.
- Óxido de Nitrogênio (NxOx): conjunto de compostos formados pela combinação de oxigênio com o nitrogênio. É usado em motores de combustão interna, fornos, estufas, caldeiras, incineradores, pela indústria química e pela indústria de explosivos.
- Dióxido de Enxofre (SO2): é um gás denso, incolor, não inflamável, altamente tóxico, formado por oxigênio e enxofre. É usado na indústria, principalmente na produção de ácido sulfúrico e também é expelido pelos vulcões.
- Metano(CH4): gás incolor, inodoro e se inalado é tóxico. É expelido pelo gado, ou seja, na digestão dos animais herbívoros, decomposição de lixo orgânico, extração de combustíveis, dentre outros.
Causas do efeito estufa
Como vimos, o efeito estufa é um fenômeno natural, mas é intensificado devido à crescente queima dos combustíveis fósseis que representam a base da industrialização e de muitas atividades humanas.
As queimadas nas florestas para transformar suas áreas em plantação, criação de gado e pastagens, também colaboram para o aumento do efeito estufa.
Efeito estufa X Aquecimento global
A consequência da intensificação do efeito estufa na atmosfera é o aquecimento global.
Segundo pesquisas cientificas, a temperatura média da Terra, nos últimos cem anos, sofreu uma elevação de cerca 0,5ºC. Se a atual taxa de poluição atmosférica seguir na mesma proporção, estima-se que entre os anos de 2025 e 2050, a temperatura apresentará um aumento de 2,5 a 5ºC.
As consequências do efeito estufa serão as seguintes:
- Derretimento de grandes massas de gelo das regiões polares, ocasionando o aumento do nível do mar. Isso poderá levar a submersão de cidades litorâneas, forçando a migração de pessoas.
- Aumento de casos de desastres naturais como inundações, tempestades e furações.
- Extinção de espécies.
- Desertificação de áreas naturais.
- Episódios mais frequentes de secas.
- As mudanças climáticas podem ainda afetar a produção de alimentos, pois muitas áreas produtivas podem ser afetadas.
Outro problema associado à presença de gases poluentes na atmosfera é a chuva ácida. Ela resulta da quantidade exagerada de produtos da queima de combustíveis fósseis liberados na atmosfera, em consequência das atividades humanas.
Conheça mais sobre as relações e diferenças entre o Efeito Estufa e Aquecimento Global.
Como evitar o efeito estufa
Para alertar sobre a situação do efeito estufa e do aquecimento global, diversos países, entre eles o Brasil, assinaram o Protocolo de Kyoto, em 1997.
Antes disso, foi assinado em 1987 o Protocolo de Montreal. O intuito principal é a redução da emissão de produtos que causam danos à camada de ozônio.
Algumas dicas de ações individuais e coletivas também contribuem para redução do efeito estufa, são elas:
- Realizar pequenos trajetos a pé ou de bicicleta;
- Dar preferência ao transporte coletivo;
- Utilizar produtos recicláveis;
- Economizar energia elétrica;
- Realizar coleta seletiva;
- Reduzir o consumo de carne bovina e suína;
- Fazer compostagem do material orgânico.
quarta-feira, 24 de fevereiro de 2021
ECOLOGIA
PORQUE ESTUDAR?
O estudo de temas da sustentabilidade: a conservação do meio ambiente e as consequências do uso abusivo dos recursos ambientais disponíveis. Conhecer as principais políticas ambientais de conservação e os ambientes que elas visam proteger também é fundamental é fundamental. vejam alguns conceitos muito utilizados em ecologia
Estudos estimam que 8,7 milhões de diferentes espécies vivas habitam o planeta. A biodiversidade abrange toda esta variedade de flora, fauna e micro-organismos.
Desenvolvimento sustentável
Entenda este conceito de desenvolvimento que procura atender as necessidades do presente, sem comprometer o futuro.
Ecossistema e Bioma
Apesar de se confundirem (e se complementarem), esses conceitos fundamentais de ecologia são distintos. Entenda.
Espécie e Espécime
O primeiro é um conceito controverso. O segundo as vezes é confundido com o primeiro. Aqui tentamos esclarecer tudo.
Serviços Ambientais
Alimentos, matéria-prima para a geração de energia, para medicamentos, água limpa, ar puro: todos são serviços ambientais.
Aquífero
Entenda a importância desses reservatórios subterrâneos de água doce, verdadeiras caixa d’águas do planeta.
segunda-feira, 22 de fevereiro de 2021
Por dentro das Notícias
MEIO AMBIENTE
Destruição da natureza pelos humanos é suicida, alerta ONU
Através das mudanças climáticas, da perda da biodiversidade e da poluição, os humanos estão destruindo a Terra e tornando-a um planeta cada vez mais inabitável, afirma um relatório das Nações Unidas divulgado nesta quinta-feira (18/02).
Para reverter esse caminho trágico, o mundo precisa implementar mudanças urgentes e dramáticas na sociedade, na economia e na vida diária das pessoas, acrescenta o texto.
Diferente de relatórios anteriores da ONU, que costumam focar num problema e evitam orientar os governos sobre quais ações devem ser tomadas, o novo documento reúne três crises ambientais – o clima, a biodiversidade e a poluição – para dizer aos governos, empresas e pessoas ao redor do mundo o que precisa mudar, antes que seja tarde demais.
O texto pede, por exemplo, mudanças no que o governo tributa, em como as nações valorizam a produção econômica, em como a energia é gerada, em como a agricultura e a pecuária são geridas, na maneira como as pessoas se locomovem e no que elas comem.
"Sem a ajuda da natureza, não vamos prosperar, ou mesmo sobreviver", afirmou o secretário-geral da ONU, António Guterres. "Por muito tempo, temos travado uma guerra sem sentido e suicida contra a natureza. O resultado são três crises ambientais interligadas: perturbações climáticas, perda de biodiversidade e poluição ameaçam a nossa viabilidade como espécie."
O título do relatório de 168 páginas, elaborado pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), é direto: "Fazendo as pazes com a natureza: um plano científico para enfrentar as emergências do clima, da biodiversidade e da poluição."
"Riscos inaceitáveis" para gerações futuras
Baseado em conclusões de outras grandes análises sobre clima e biodiversidade elaboradas por painéis internacionais de especialistas, o texto afirma que uma transição rápida para energia renovável e a eliminação da perda de habitat são essenciais para prevenir "riscos inaceitáveis" para gerações futuras.
"Nossos filhos e netos herdarão um mundo de eventos climáticos extremos, aumento do nível do mar, perda drástica de plantas e animais, insegurança alimentar e hídrica e aumento da probabilidade de futuras pandemias", alertou o cientista britânico Robert Watson, principal autor do relatório.
A emergência que aflige o mundo hoje é "de fato mais profunda do que pensávamos poucos anos atrás", disse Watson, um químico premiado que já liderou outros relatórios científicos da ONU sobre mudanças climáticas e perda de biodiversidade.
Os problemas do planeta estão tão interligados que devem ser trabalhados juntos para que sejam resolvidos da maneira certa, destacam as Nações Unidas. E muitas das soluções podem combater múltiplos problemas, incluindo as mudanças climáticas e a poluição.
Segundo o relatório, uma dessas soluções seria a eliminação do uso de combustíveis fósseis. Além de pedir o fim do uso, o texto também defende que sejam anulados os 5 trilhões de dólares em subsídios que empresas de combustíveis fósseis recebem todos os anos de governos do mundo.
"Estatísticas assustadoras"
O documento reúne uma série de "estatísticas assustadoras": cerca de 9 milhões de pessoas morrem todos os anos em decorrência da poluição; cerca de 1 milhão das 8 milhões de espécies de plantas e animais estão ameaçadas de extinção; até 400 milhões de toneladas de metais pesados, lama tóxica e outros resíduos industriais são despejados nas águas do mundo todos os anos.
O texto alerta também que a Terra está a caminho de um aquecimento adicional de 3,5 graus Celsius em relação aos níveis de agora, muito acima da meta estabelecida internacionalmente no Acordo de Paris sobre o clima.
"No final, isso vai nos atingir", afirmou o biólogo Thomas Lovejoy, que foi assessor científico do relatório. "Não se trata do que vai acontecer com os elefantes. Ou o que vai acontecer com o clima ou com o nível do mar. Tudo vai nos impactar."
Com duas grandes cúpulas da ONU sobre mudança climática e perda de biodiversidade marcadas para ocorrer em 2021, os autores do texto pedem decisões robustas dos governos, afirmando que respostas "fragmentadas e descoordenadas" ficam muito aquém do que o planeta precisa.
"Embora eu aplauda todos os países do mundo que decidiram zerar as emissões líquidas de carbono até 2030, a verdadeira questão é o que os países farão até 2030", afirma o autor principal, Watson. "É realmente necessária ação a curto prazo, não apenas metas ambiciosas para meados do século."
Fonte:
DW Brasil - Notícias e analise do Brasil e do mundo
19/02/2021